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E esse futuro na advocacia que não chega? – E o que fazer?


Por Mauricio Moraes em 01/08/2019 | Advocacia | Comentários: 0

Tags: tecnologia no direito.

E esse futuro na advocacia que não chega? – E o que fazer?

 

Tudo baboseira!

Cadê a Inteligência Artificial e os Robôs advogados? Já estão acabando com o trabalho dos advogados?

Cadê a Blockchain e os contratos inteligentes? Já estão eliminando as burocracias e executando automaticamente?

Eu já fui um desses futurólogos do direito… Admito.

Já dei palestras, escrevi artigos sobre Inteligência Artificial, Robôs, Blockchain, Big Data no Direito.

Preguei com animação o cenário futuro da advocacia!

Nesse sentido as startups de tecnologia têm até um termo engraçado: Evangelizador Tecnológico. Aquele que traz a “boa nova” às pessoas.

Incorporei o evangelizador, encantei os advogados com histórias do futuro em que tudo seria automatizado, ninguém mais ficaria horas pesquisando jurisprudências e escrevendo peças.

O advogado iria usar apenas a sua inteligência para tarefas essenciais e não repetitivas.

O fato é que essas previsões são baboseira, conversa de bar.

Mudei de ideia…

Ficar ligado nelas não está adiantando nada e na rotina diária nada parece estar sendo revolucionado.

As peças continuam saindo em arquivos do Word, a pesquisa ainda é difícil, fazer contratos é dureza e a maior preocupação de vários advogados ainda é o computador que fica travando na véspera do prazo.

 

Vai ter saída?!

Sim! Já vou adiantar. Muita calma!

Sou um otimista, adoro tecnologia e neste texto vou te mostrar uma saída bem prática pra você surfar essa onda tecnológica. Começando hoje.

Vou te responder hoje o que esses futurólogos do Direito não estão te contando nem sob protesto:

Qual meu próximo passo?

Por que é tão difícil inovar no seu escritório?

Como aplico isso no meu dia a dia?

Antes disso, vou contar essa história de como eu desisti de ser Futurólogo da tecnologia e comecei a pensar no cardápio do dia. “O que tem pra hoje?!”

Eu tive 2 grandes descobertas nesses últimos anos que mudaram a forma com que eu vejo essas promessas tecnológicas e como devemos agir diante delas.

Se você quer estar dentro do bonde da Inteligência Artificial, fique de olho. É melhor comprar o ticket agora!

 

Descoberta 1 – Previsões não enchem barriga

Os eventos de “Direito e Tecnologia”… Minha crítica vai ser construtiva, prometo!

Esses eventos bombaram muito nos últimos anos.

É realmente empolgante pensar em tudo o que pode ser aplicado da tecnologia no Direito.

Direito lida com informação.

É uma quantidade enorme de dados, textos, cálculos… Prato cheio para quem trabalha com TI (tecnologia da informação).

Quem sabe o mínimo de informática consegue imaginar mil cenários e processos que podem ser otimizados e automatizados.

Junte isso com umas pitadas de Inteligência Artificial e pronto!

Você tem a receita para centenas de horas de conversa sobre as possibilidades.

 

Caros advogados – O evento não era pra vocês…

Eu comecei a frequentar esses eventos e sempre me empolguei muito.

Os palestrantes de vários lugares do mundo contando sobre experiências incríveis com AI…

Era um processo que custava milhares de horas de advogados por ano, e que agora era um computador que fazia em segundos, com confiabilidade maior.

Ou era um advogado famoso que teimou em competir com o robô e perdeu.

Ou era a Big Data somada com mecanismos de recomendação sugerindo estratégias de acordo com o tribunal e juiz do caso e estimando a chance de ganhar a ação.

Histórias de tirar o fôlego e de encher a gente de esperança!

Mas conversando com as pessoas que mais deveriam se beneficiar com todas essas novidades: os advogados e escritórios de advocacia, percebi que eles ficavam totalmente perdidos nesses eventos.

Por mais didáticos que os palestrantes fossem em explicar os conceitos tecnológicos, sempre ficava a mesma dúvida.

O que eu faço agora? Qual o próximo passo?

Você já me convenceu que a tecnologia está chegando com força e vai revolucionar tudo, mas e agora?

O que eu compro, o que eu faço, onde me inscrevo? ME DÊ UMA DICA!

pegue o meu dinheiro e me mostra como se dar bem na tecnologia de advocacia

Nada era sugerido…

O evento parecia mais voltado a alimentar as ideias dos profissionais de TI.

Para os escritórios de advocacia, a dica que ficava implícita basicamente era:

Seja um grande escritório tradicional com verba milionária para arriscar e as empresas de tecnologia vão atrás de você.

Mas e o pequeno/médio escritório cheio de prazos e advogados sobrecarregados? Faz o quê? Espera mais uns anos?

Eu consegui sentir essa agonia silenciosa no eventos.

Estar como participante em vários desses eventos me fez repensar a forma como eu estava pregando esse futuro milagroso.

Mudei minha fala e comecei a reservar só uma fração do tempo para falar das possibilidades.

Mantive um pouco das previsões, até porque sonhar é muito bom!

Reforçar a esperança de que o futuro vai ser melhor sempre desperta o melhor na gente.

Mas agora eu tento mostrar ferramentas que os advogados possam usar imediatamente e que vão trazer resultados na hora para o escritório.

Desde programas simples e com planos free como o Trello, dicas de centrais Voip para o escritório, agendamento online e até dicas para aprender a escolher programas para o dia a dia.

Com essa mudança, notei uma diferença enorme na reação dos advogados e uma diminuição naquela agonia que suspirava no ouvido:

“A tecnologia está vindo para nos atropelar e não sabemos direito pra onde correr“.

Fica a minha dica construtiva para os eventos de Direito e Tecnologia.

Mas de uma coisa não vou abrir mão! Da Bronca!

A bronca em quem ainda está instalando servidor no escritório e está achando mais seguro só porque a salinha do servidor tem chave.

exemplo de escada mosttrando o nivel de segurança

Tem gente bem moderninha fazendo isso ainda… hehe! Vou falar disso mais pra frente.

E ainda vou passar uma dica bem prática pra você nesse texto. Acompanhe essa linha..

 

Descoberta 2 – Previsões são “papo de boteco”

Sabe por que a Mãe Diná acertava muito?

Ela previa muito.

Ela errava muito e também acertava muito. Era aleatório, mas os acertos ficaram famosos!

No livro Axiomas de Zurique, que é um livro bem tradicional sobre investimentos, ele fala pra tomar cuidado com essas previsões.

Planejamentos a longo prazo geram a perigosa crença de que o futuro está sob controle.

É importante jamais levar muito a sério os seus planos a longo prazo, nem os de quem quer que seja.

(Décimo sexto axioma menor: Fuja de investimentos de longo prazo.)

Isso vai um pouco contra o senso comum, de que devemos ficar de olho no futuro, fazer planos em 5 anos, 10 anos.

E no caso da tecnologia esse chamado foi bem forte pra mim.

Tem algumas coisas que eu já sabia, mas continuava fazendo errado…

 

Fato – Tecnologia é naturalmente difícil de prever

Eu já sabia que o futuro da tecnologia era difícil de prever.

Várias tecnologias, principalmente as ligadas à informação, têm um caráter exponencial.

A difusão das inovações é praticamente um “crescimento logístico”. Essa curva em S:

Isso nos confunde bastante, pois tendemos a sentir que tudo é linear.

Veja como essas curvas tortas, bem ali no comecinho, enganam a torcida.

Elas parecem retas…

Você prevê: “A tecnologia X vem dobrando de tamanho a cada 5 anos…”

Talvez aquela inflexão (a hora que a coisa “empina”) esteja próxima, daí você vai errar feio rapidinho.

Mas ela pode estar mais longe, mantendo sua previsão por mais um tempo e você vai ganhar confiança, vai prever mais longe…apostar mais na sua previsão. Daí vem a curva!

Você erra. Perde sua aposta. Passa vergonha.

Quem trabalha com tecnologia sabe disso. Mas o pessoal continua fazendo as previsões.

“Em 5 anos 80% das tarefas no escritório de advocacia serão realizadas por robôs…”

Só tenho uma coisa pra perguntar pra essas pessoas.

Cadê o meu skate voador?

(Filme “De Volta para o Futuro II – 1989” previsão de termos skates voadores em 2015)   

Agora vou dar dicas pra você se preparar pra tecnologia.

Não dá pra prever quando a onda vai chegar, mas dá pra ir preparando a prancha, passando parafina, treinando.

Quando ela chegar, você vai surfar.

 

O que fazer? Preparação para tecnologia e Primeiro passo

Tem muita coisa boa prontinha pra você!

Como eu falei antes. O Bondinho da Inteligência Artificial está chegando.

Você pode fazer algumas coisas pra garantir sua passagem e sair bem na frente.

Antes de surgirem ferramentas com inteligência artificial disponíveis a todos e popularizadas, que qualquer um vai conseguir usar, você já vai poder ganhar muito dinheiro com isso e aproveitar essa vantagem estratégica em relação aos seus concorrentes.

Mas como se preparar?

O primeiro passo é eliminar alguns fatores que podem estar matando a inovação no seu escritório.

O primeiro deles, e mais importante, é a mentalidade. Pode ter alguém empacando a inovação no seu escritório.

Quem é?

 

Quem vai empacar a inovação no seu escritório?

As pessoas reagem à inovação cada uma do seu jeito.

Entender sobre a difusão da inovação vai te ajudar a entender muita coisa.

Sabe o seu amigo ou amiga que usou o Uber antes de todo mundo?

Também já caiu de Bicicleta da Yellow, perdeu dinheiro com Bitcoin e dá risada de quem anota coisas em papel?

Provavelmente é um “Early Adopter”.

É alguém que parece rasgar dinheiro com coisas novas e duvidosas.

Consegue usar programas que ainda não estão 100% e é bem menos avessa ao risco que a maioria das pessoas.

O Everett Rogers fez um estudo sensacional e previu isso lá em 1962.

Isso continua se verificando, e eu mesmo posso atestar que aconteceu com o programa de cálculos do CJ lá no começo.

O Everett conseguiu dividir as pessoas em 5 grupos. De acordo com a seguinte curva de adoção tecnológica.

Curva de Adoção Tecnológica – Everett Rogers (Fonte)

Essa curva é chamada “Curva de difusão de inovações”, mas você também vai encontrar como “Curva de adoção tecnológica”. (Difusão de inovações Wikipedia em inglês)

Essa curva explica muita coisa e tem umas implicações importantes pro seu escritório que vou mostrar!

Ela mostra qual a quantidade de pessoas que adotam uma inovação ao longo do tempo.

Curiosidades pra quem gosta de ciência

Essas curvas em “formato de sino”, como a curva normal (gaussiana) são comuns em outras áreas da ciência.

A forma cumulativa (integral) dessa curva em formato de sino é aquela curva em S lá de cima!

 

Voltando às perguntas:

Onde você está nessa curva de inovação?

e (mais importante)

Quem está empacando a inovação no seu escritório?

Para isso, vamos ver cada uma das categorias e vai ficar evidente!

 

Innovators – Inovadores

As primeiras pessoas a adotarem uma inovação são os innovators. Eles são uma parcela pequena da sociedade (2,5%) e em geral são pessoas mais jovens, com maior poder aquisitivo e menos avessas ao risco.

Elas estão dispostas a investir em algo super novo e sabem que pode dar errado. Por isso são também tolerantes a falhas e torcem muito para essa inovação dar certo.

Elas têm um capital para investimentos de alto risco que consideram “fundo perdido”, mas se a coisa vingar, eles vão ter a vantagem de terem sido os primeiros.

“Fato interessante: Em 2010 um programador comprou duas pizzas por 10 mil Bitcoins. Hoje 10 mil bitcoins equivalem a praticamente 38,1 milhões de dólares.” (Fonte)

 

Early Adopters – Pioneiros / Adeptos precoces / Rápidos de inovação / Formadores de opinião

Tem várias traduções possíveis para o termo, mas deu pra entender o sentido.

Os Early Adopters também são jovens, mas analisam um pouco mais a fundo esse produto ou serviço.

Eles são bem tolerantes a falhas e estão dispostos a arriscar um pouco do seu dinheiro para usar uma inovação.

Os Early Adopters geralmente são formadores de opinião no meio onde estão, se comunicam bem e precisam de um pouco mais de certeza sobre o que estão usando até para poder explicar no seu círculo de influência.

 

Early Majority – Primeira Maioria

Essa turma é a que está mais em contato com os Early adopters e vão sendo influenciados diretamente por eles.

Eles são pragmáticos e vêem os Early adopters usando algo novo e acham estranho, curioso, mas aos poucos vão se acostumando com aquilo e quando o preço fica mais acessível começam a pensar em comprar.

 

Late Majority – Maioria tardia

Eles abordam as novidades com ceticismo e só adotam as inovações depois que a maioria da sociedade já adotou.

Têm baixa liquidez financeira e status social abaixo da média, além de uma posição de influência mais baixa dentro do seu meio social.

 

Laggards – Retardatários

São os últimos a adotarem uma inovação.

Têm pouca influência na formação de opinião e geralmente são avessos a agentes de mudança.

Eles são focados em tradições e têm baixa liquidez financeira, menor status social e são os que têm, em geral, mais idade.

Também estão em contato com um círculo menor de pessoas, como a família e os amigos próximos.

 

Resumo das 5 categorias

Então, à medida que você vai indo para o final da curva, você vai ter pessoas em geral mais tradicionais, com mais idade e com menos liquidez de capital.

São pessoas que precisam de bastante prova social e só usam algo novo depois que já está bem disseminado.

Essas pessoas também são mais críticas dos serviços e produtos, são mais sensíveis ao preço e toleram menos falhas.

Elas gostam de atendimento por telefone e presencial. Vão dizer que gostam de ver olho no olho o representante ou pessoa que vai implantar o programa no escritório.

Também são elas que se sentem mais seguras se tiverem um servidor na salinha fechado com chave. hehe!

São os alvos perfeitos dos hackers que atacam com Ransomware. Aquele ataque que criptografa o HD e os backups do servidor e pede um resgate em Bitcoin…

Mas voltando às características de cada grupo:

As pessoas também podem se posicionar em diferentes posições da curva dependendo do assunto e podem mudar de posição!

Lembro quando comecei a trabalhar e ganhar o meu próprio dinheiro, passei a testar mais diferentes inovações e arriscar mais.

Ah, essas características são generalizações!

É claro que tem várias exceções. Minha sogra, por exemplo, mesmo tendo mais idade é uma Early Adopter de carteirinha.

Ela arrisca na tecnologia sempre antes de todo mundo e investe pesado nos eletrônicos. Principalmente se for pra testar uma novidade que ninguém tem.

Mas, mesmo com essas exceções, podemos usar esses conceitos para tirar conclusões importantes para seu negócio.

Se você tem muitos sócios ou pessoas que tomam decisões, aumenta a chance de ter entre eles uma pessoa com maior aversão ao risco.

E nesse caso basta uma frase como esta para jogar um balde de água fria numa ideia:

“Vamos fazer o feijão com arroz e focar no que vem dando certo.”

“Vamos esperar mais, até que essa tecnologia fique madura.”

Isso pode ser o suficiente para matar um processo de inovação ou deixar pra depois, arriscando ficar para trás e perder para a concorrência.

Mas como contornar essa questão, limitando o risco e ainda permitindo que a inovação floresça dentro do seu escritório?

 

Time Nerd + Fundo inovação

Reúna os nerds! Digo… early adopters!

Crie uma frente de inovações no seu escritório.

Dê certa autonomia e tenha um fundo reservado para testar programas e serviços inovadores.

Caros inovadores, vocês têm R$ X por mês e tantas horas para testarem produtos e serviços inovadores no escritório.

Não me desapontem! Quero ver isso aqui voando ou corto o café.

Brincadeira. Também me solidarizo com o corte do café.

Não precisa ir tão longe, mas poder testar novas tecnologias já vai ser motivação mais que suficiente para algumas pessoas.

E o fundo é um bom investimento, pois você pode até perder dinheiro com algum serviço que não deu tanto resultado para seu escritório, mas uma hora vai acertar e o resultado vai ser incrível.

Faça testes. Não tenha medo de arriscar.

Dizem que Walt Disney nunca respondia “não” para uma ideia.

Ele sempre dizia: “Por que não?!”

Pequenos testes, contidos, com orçamento definido, com prazo definido e com uma base para comparação são uma ótima maneira de testar coisas diferentes na sua empresa.

 

Exemplo – Testes A/B

Os testes A/B são ótimos pra testar hipóteses minimizando o risco e gerando parâmetros de comparação:

Para 50% dos processos vamos com a ideia A, para os outros 50% vamos de ideia B.

Em 2 semanas vamos olhar os resultados e vamos ver qual ideia é mais eficiente.

Variação Resultado após 2 semanas
Ideia A R$ 3.455,29
Ideia B R$ 44.984,40

 

Dica pro – Agendamentos online

Que tal fazer um teste já na próxima semana no seu escritório?

Sugiro começar testando os agendamentos online.

É muito simples:

Você coloca o app de agendamento direto no seu site e enquanto os seus concorrentes estão com o telefone desligado fora de horário comercial, você está gerando agendamentos pela internet 24h por dia, 7 dias por semana.

O investimento é muito baixo perto da possibilidade que traz para seu escritório.

Dê uma olhada nos aplicativos Reservio ou Setmore e faça esse teste por 2 semanas.

A dica a seguir também vai mudar a sua forma de pensar o escritório.

 

Diminua sua inércia

Agilidade é fundamental.

Já comentei em outros momentos que inércia, além de ser um conceito físico, também é algo que se aplica aos negócios.

Quanto maior a inércia, mais difícil é mudar o movimento.

Quanto maior a inércia, menos agilidade.

Parcerias, estrutura maior, mais funcionários, mais clientes, servidor empoeirado, etc aumentam a inércia da empresa.

Com uma inércia maior, fica mais difícil mudar de direção e adotar novas tecnologias.

Vejo alguns advogados mais jovens reclamando:

“Meu escritório não deslancha porque não tem estrutura.”

Isso não é desculpa!

Escritórios pequenos e ágeis estão tomando conta do cenário e conseguindo testar diferentes estratégias rapidamente.

Mesmo que você tenha um escritório grande e estruturado, existem várias formas de diminuir a inércia e de aumentar a velocidade das decisões e mudanças de rumo.

O próximo ponto é fundamental para você diminuir sua inércia e se colocar numa posição em que as inovações tecnológicas vão chegar antes em você.

 

A Nuvem! Programas online vão te colocar na frente

Fuja dos programas instalados!

Na Cálculo Jurídico praticamente todos os programas que usamos são online. Todos pelo navegador.

Se um notebook quebrar, for roubado, invadido, etc. Tudo está seguro e teremos acesso novamente em segundos.

Infelizmente ainda tem gente que não entende que essa infraestrutura de “nuvem” geralmente já tem muito mais garantias e segurança que um computador local e um técnico de informática parceiro dando suporte.

Como comentei antes, ainda tem gente que acha melhor ter um computador juntando pó no escritório, com tudo o que tem de mais precioso dentro dele: dados de clientes, informações estratégicas da empresa, processos, etc.

Estou enfatizando tanto isso, porque um conhecido meu, com seus 30 anos recentemente reformou todo o escritório e fez o bendito móvel do servidor. Com o emaranhado de cabos azuis saindo dele e (o que não pode faltar) um bom cadeado!

Como se o hacker fosse invadir o servidor pulando a janela, no melhor estilo “Missão Impossível”.

O fato é que existem muitas formas de se invadir um computador numa rede local. A menos usada é essa que envolve colocar uma roupa de ninja e pular janelas.

 

Curiosidade: Ransomware – Como funciona o “Sofware Sequestro”

Obs: Essa parte é só uma curiosidade para os Geeks. Pode pular pro próximo tópico se você não gosta muito de ler sobre tecnologia.

Essa crença de que servidor local é uma boa ideia ainda é o que tem feito os Ransomwares (Software Sequestro) continuarem rendendo tanto dinheiro para os criminosos no Brasil.

O programinha é assustadoramente simples.

Ele criptografa o seus dados, deixando eles inacessíveis mesmo estando dentro da máquina.

Os criminosos pedem um pagamento para liberar a chave de criptografia que vai recuperar os dados.

E esses crackers são espertos, eles dão um jeito de criptografar até backups e outros computadores.

Existem casos em que a pessoa achou um pendrive perdido, espetou no PC na melhor intenção de encontrar o dono e booom!

 

Demora nas Atualizações – Principal problema de segurança

Atualize ou sofra as consequências.

Falta de atualização de uma das milhares de bibliotecas usadas pelos seus programas e sistema operacional é um dos principais problemas de segurança que você vai ter.

Hoje os problemas de segurança são reportados em blogs públicos de segurança na internet. Para que todos corram atualizar seus programas e lançar as atualizações de segurança.

Em pouco tempo já surgem na internet os “Exploits”. Programas que se aproveitam dessa vulnerabilidade específica.

A melhor saída nesses casos é que todos os programas impactados sejam atualizados imediatamente.

O bug Heartbleed, que deixou todo mundo da área de segurança de cabelo em pé 2014 ainda está rendendo bem para os criminosos, por causa de programas desatualizados.

Curiosidade: O bug do heartbleed ficou tão famoso que até criaram um logo, camisetas e canecas pra ele.

Se você depende de “baixar pacotes” para realizar atualizações, ou, pior ainda, esperar o técnico para realizar as atualizações, você está se arriscando.

Mas vamos deixar o papo de segurança pra outra hora.

O que eu quero que você entenda agora é que os programas online vão facilitar que as inovações tecnológicas cheguem no seu escritório antes de chegarem na concorrência, que ainda está preocupada com o móvel do servidor.

 

As inovações chegam antes pra programas na Nuvem

Isso te dá uma vantagem estratégica enorme.

Como fornecedor de um programa na nuvem, posso te garantir que a preocupação com segurança, backups, atualizações e novidades é constante.

Se surge uma novidade, já começamos a pensar em uma forma de usar isso para agregar valor para todos que usam o programa.

E isso só é possível porque o programa está na nuvem.

Programas instalados, que dependem de atualização de versões, pacotes de atualização, ou mesmo dependem do computador estar ligado para a operação de atualização acontecer, saem perdendo de lavada.

No Cálculo Jurídico conseguimos lançar uma atualização em segundos para todo o Brasil.

Depois que a atualização passa por todo o processo de qualidade interno, disparamos o processo de atualização sem downtimepara todos os clientes e ninguém percebe que foi feita uma atualização.

As novidades apenas aparecem no programa assim que a pessoa clica em um link ou atualiza a página.

Temos atualizações e melhorias diariamente e várias vezes por dia. A maioria passa despercebida pelos usuários.

Isso facilita trazermos oportunidades para todos. Olha essa história.

 

Caso da decisão do Tema 810 (Previdenciário) – Atualização ajudou muitos

Foi o caso de uma decisão judicial que poderia afetar muitos dos casos dos nossos clientes.

No mesmo dia da decisão, conseguimos criar uma lógica para reunir esses casos de cada escritório.

Avisamos aos usuários do programa quais eram os casos afetados, passando de forma segura uma lista de links para cada respectivo responsável.

Eles ficaram muito felizes e agradeceram muito.

Um deles me falou:

“Vocês me salvaram! Eu ia demorar 1 mês pra achar esses casos aqui no meu escritório!”

Se surge uma oportunidade de agregar valor com Inteligência Artificial, de adicionar uma funcionalidade que usa uma tecnologia mais moderna, são os programas na nuvem que vão te oferecer isso primeiro.

Os programas “de caixinha” vão te fazer comer poeira.

 

Conclusão – Leve pra casa

Você descobriu porque abandonei minha carreira de futurólogo. ?

Você aprendeu também que algumas pessoas podem empacar a inovação no seu escritório, mas que existe uma maneira de contornar isso.

Uma dica prática é ter um fundo para inovação e um time dedicando uma parte do tempo para testar inovações.

Também entendeu que manter a agilidade do escritório é uma vantagem para sair na frente dos concorrentes.

Descobriu também que instalar servidores só dá uma falsa sensação de segurança e é coisa do passado.

Use serviços na nuvem, para que a inovação chegue em você antes de tudo e permita a integração entre as diversas ferramentas, maximizando sua eficiência.

Conte com o Cálculo Jurídico para fazer seus cálculos e fique de olho nas novas tendências de tecnologia no Direito. 

É isso! Muito sucesso e vamos surfar a onda tecnológica na advocacia!

O que achou do texto?! Deixe um comentário que vou adorar saber.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Ibijus


Sobre o autor

Mauricio Moraes

Engenheiro formado no ITA, fundador e CEO da Cálculo Jurídico. Ele é apaixonado por aviões e pela aplicação da tecnologia no Direito.


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